domingo, 22 de junho de 2008

Duas Semanas

Serão duas semanas de novas experiências. Duas semanas sem pegar no telemóvel e em que a bateria vai durar no mínimo 5 dias em vez de um só.
Queria que coubessem na mala, que passássem por shampôs ou calças.

Carolina

sábado, 21 de junho de 2008

Primeiros passos

Porque é que ver as costas de uma pessoa aperta tanto cá no fundo? Aquele momento em que o olhar se desvia na direcção oposta, o rodar de calacanhares e os primeiros passos.

Seguido da esperança que o som desses mesmos passos pare e de repente os comeces a ouvir com menos espaço de intervalo. Até que alguém nos toca.

Como alguém me disse 'Isto não é uma despedida. Só vai demorar mais algum tempo até te tornar a dizer olá.'


Carolina

sexta-feira, 20 de junho de 2008

The Evolution of Dance



Está genial.

Carolina

Consequentemente

Claro que não. Porque eu sou boa para estar as 3.30 na estação de carcavelos.
Claro que não. Porque eu sou boa para emprestar dinheiro para comprares um gelado (mesmo sabendo que nao vou voltar a ver o brilho da moeda que te "emprestei").
Claro que não. Porque eu sou boa para dizer aos teus pais que estás comigo quando não estás.
Claro que não. Porque eu sou boa para ver 'O massacre no Texas'.
Claro que não. Porque eu sou boa para te ouvir.
Claro que não. Porque 'eu sou totalmente especial'.
Claro que não. Porque eu te faço massagens no pescoço quando bem entendes que te está a doer.
Claro que não. Porque sempre que precisas de um elástico em educação física eu to dou.
Claro que não. Porque eu respondo às tuas mensagens (seja a que hora for).
Claro que não. Porque trocamos testes só para tu (!) teres mais que oito.
Claro que não. Porque eu vejo a nascer do sol contigo (mesmo quando ele ja está bem grande no centro do céu).
Claro que não. Porque eu gosto de rir do que fazes (mesmo quando não tem piada).
Claro que não. Porque te explico geometria por telefone e repito cada vez que não percebes (ou não queres perceber).
Claro que não. Porque demoro mais tempo nas apresentações orais só para não apresentares.
Claro que não. Porque vou ter contigo a casa quando não te deixam sair.
Claro que não. Porque faço o que penso e tenciono fazer.
Claro que não. Porque te diverti quando brincámos com o sistema de rega.
Claro que não. Porque te avisei que vinha aí um tractor quando nos deitámos no meio da estrada para ver as estrelas.
Claro que não. Porque te cortei o tornozelo só para acreditarem que te tinhas magoado.
Claro que não. Porque escrevo mensagens queridas nas tuas pulseiras, nos teus sapatos, nos teus braços.
Claro que não. Porque tu sabes que me preocupo (demais).

- Sabes, às vezes penso que me preocupo demais com os outros e que nem sempre vale a pena.
- Claro que não!

Às vezes há momentos em que tudo nos bate à porta, consequentemente pensamos em tudo o que não devemos.

Quero ser mais do que aquelaqueestásemprelá. Quero ser aquelaqueestásempreparasiprópria e que tem quemestejasempreláparaquandoforpreciso. Por uma vez na vida.

É isto.


Carolina

terça-feira, 17 de junho de 2008

Anything




Carolina

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Tenho de te contar uma coisa

Tenho de te contar uma coisa, sim, tenho de te contar, a ti, uma coisa.
Disseram-me mais ou menos isto hoje e percebi o quão reconfortante é ouvir essas palavras. Gostei.

Carolina

domingo, 15 de junho de 2008

Disseram-me. Eu acreditei.

Disseram-me que eram risos. Risos autênticos, mesmo que descentralizados. Perdidos em ruas estreitas demais para nos deixarem rodopiar sobre nós mesmos. Um abraço com música de fundo. Um beijo acompanhado pelo som frenético da orquestra. Disseram-me que era noite. Uma eterna noite gelada. Feita de mãos frias com cigarros presos entre os dedos. E fumos confundidos entre a humidade e as lágrimas quentes que escorrem pela cara redonda. Disseram-me que eram corações cheios. De bom ou de mau. Mas sempre cheios. Mesmo quando partem presos a um comboio. Acordar com uma garrafa de álcool ao alcance das mãos e não a largar mais. Porque sim. Mais tarde, vamos olhá-la de novo e vamos querer abri-la. Vamos abri-la e vamos querer prová-la. Vamos prová-la e vamos rir e chorar para as nuvens.Deitar a mão ao bolso do casaco e descobrir um morango. Disseram-me que eram corpos cansados estendidos na relva fresca. E olhares colados a céus estrelados. Disseram-me que Juventude era isto. E eu acreditei.

(Um dia, a eterna noite gelada chega ao fim. E o céu perde os brilhantes. Os pequeninos brilhantes que quase se tocavam e descolavam lá de cima, com as pontas dos dedos.Um dia, a noite perde-se. E o céu, em vez de ficar limpo, só acinzenta.Nesse dia, entendemos que a Juventude não é mais do que uma ressaca psicológica. E que, essa sim, provoca efeitos secundários.)

Carolina