sexta-feira, 29 de agosto de 2008

I have a dream


Fez ontem 45 anos que Martin Luther King, nos degraus do Lincoln Memorial em Washignton D. C., fez o mais tocante e arrepiante discurso que já ouvi até hoje. Perante uma plateia de mais de duzentas mil pessoas, Luther King consegue abrir horizontes, mudar mentalidades e lutar pela América. Pagou por seguir o que acreditava.

"I say to you today, my friends, so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.

I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident: that all men are created equal."

I have a dream that one day on the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.

I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.

I have a dream today.

I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream today.

I have a dream that one day every valley shall be exalted, every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight, and the glory of the Lord shall be revealed, and all flesh shall see it together."

Carolina

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

So... kiss me




Há algo nesta música que me deixa bem disposta e com vontade de começar aos pulos aí pela rua abaixo. Razão suficiente para partilhar.


Kiss me out of the bearded barley
Nightly, beside the green, green grass
Swing, swing, swing the spinning step
I'll wear those shoes and you will wear that dress


Carolina

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

I guess this is growing up...

Sinto. Verifico. Confirmo.
Algo mudou em mim.

Procuro. Questiono. Reflito.
Vejo as coisas de outra forma.

Quando? Porquê? Para?
Há tempo indefinido. Mais tarde hei-de descobrir. Tomar decisões.

Nem sempre tudo é como queremos, muito menos como imaginamos. O sonho cor de rosa começa a perder cor como que queimado pelo sol e talvez seja essa mudança que me faça ver tudo de uma outra prespectiva.
This is pretty gay hun? Whatever.. a vida são dois dias e o carnaval são três.

Carolina

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Choque

A calma começou a tremer, o chão parecia que começava a fugir e de repente tive a sensação que tenho quando volto de uma viagem, a sensação do avião a chegar à pista de aterragem e o pensamento constante 'Não aterres, por favor, não aterres. Não estou preparada para aterrar ainda'. Pois bem.. tou a sentir isto neste preciso momento e nem sequer levantei os pés do chão.

Preparem-se para o choque: as aulas começam de amanhã a duas semanas.

Carolina

Necessidade

Estou a precisar de uma metamorfose. Estou como que cansada de ao olhar para dentro ver sempre a mesma maneira de ser, as mesmas atitudes e os mesmos erros. Dizem que é com os erros que se aprende. Verdade. Mas comigo parece que isso só faz sentido já depois de ter errado três ou quatro vezes. Enfim, ponto a melhorar. Moving on... estou farta. Estou isenta de emoções, isenta de me sentir posta a prova, preciso de algo que me dê motivação, mas por alguma razão nada é suficiente, tudo me sabe a pouco.

Tenho a necessidade de correr riscos e de ouvir um 'Não devias ter feito isso', ou um 'No que é que estavas a pensar? Estás louca!' ou até mesmo um 'Depois não digas que não te avisei'. Prefiro isso a mais tarde olhar para trás e arrepender-me de não ter feito as maiores merdas de sempre.
Talvez assim aprenda à primeira. Mas pensando bem... sinceramente, qual é a graça de o aprender?

Carolina

domingo, 24 de agosto de 2008

M.Y.





You do something to me
that i can't explain.
So would i be out of line
if i said, i miss you(?)

Carolina

sábado, 23 de agosto de 2008

Dicionário


Que seria de mim sem alguém que me dissesse na cara os erros que cometo? Custa admitir a necessidade de alguém ter a sensatez de não dizer nas costas coisas importantes e que se deviam dizer na altura a quem as cometeu.
Ora bem tu foste dos poucos que teve a coragem de me dizer que errei mas que não fazia mal pois há sempre uma solução, ensinaste-me que se escreve 'desprezível' e não 'disprizível', ensinaste-me a usar correctamente os artículos e os verbos consoante os subjectivos usados, que não era 'era dois pães de leite' mas sim 'eram dois pães de leite'. Mas também consegues ser frio e magoas-me por vezes ao dizer que a palavra 'tapa' não existe, que é sim 'tampa'. Enfim, custa, mas se não fosses tu Diogo continuava na ignorância dos meus próprios erros.
Obrigado por estares sempre aqui.

Carolina

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Queria uma amora

A emoção à flor da pele, o cheiro de um cigarro, a sensação das pedras na planta dos pés descalsos, o cabelo solto, o vento de braços abertos, a vida.
Um sair de metro, um comboio que se afasta, um sonho perdido, sufocado, estrangulado que deixei na linha férrea.
Um mendigo a dormir, uma folha que paira sobre a multidão como que a observar a desgraça em que nos tornámos.
Depois o sorriso, o abraço apertado e um 'não quero perder-te', o frio de um corpo desprotegido e o aconchego de um cobertor.
A forma termida da tua imagem, a pouca nitidez que representas, voaste como que agarrado a um balão enchido a hélio, partiste até o inatingível.

Carolina

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Music.

Cheguei a casa exausta, entre metros e comboios, mais as centenas de passos da estação até casa, mais a mala mais a consciência e o espírito pesado.
O meu quarto parecia cada vez mais longe, parecia que andava um passo para a frente e dois para trás, só queria chegar ao meu destino e perder-me por momentos.
Objectivo alcançado. Mas... algo me impedia de estar. Faltavas tu, por isso levantei-me, fui buscar-te e comecei a sentir a tua presença. Porque me levantas a cabeça, refrescas as ideas, ajudas a decidir e a optar pelo errado.

Carolina

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Waaaaaaall.eeeeeeeeeeee

Sabem aquela sensação de derreter? De ficar melhor do que o que estavam?
Entrei na sala número 5, na expectativa, não sabia ao certo o que esperar de um filme que envolve um robot que recolhe lixo. Convidaram-me. Aceitei.
Posso dizer que foi um dos filmes mais queridos que já vi, senti-me num mundo paralelo durante uma 1 hora e quarenta minutos.
Durante a primeira parte do filme doía-me a barriga de tanto rir, e há muito que isso não acontecia numa sala de cinema. E depois, o intervalo, que me trouxe de novo à realidade, que me expulsou da nave e me trouxe de novo à Terra.
Não me sentia assim desde que vi o Edward Scissorhands, onde a vontade de trazer o Edward para casa e ensiná-lo a viver se apoderou de mim, desta vez quero um Wall.e.



Carolina

Destino?

O que não é planeado sabe sempre melhor. Digam o que disserem.
Hoje foi a prova disso, saudades de te ter perto de mim, de respirarmos o mesmo ar, vermos as mesmas coisas e partilhar o mesmo metro quadrado.
Um acto banal, um simples virar de costas, e estavas lá tu, como que à minha espera, estava destinado. De repente tudo se moveu em slow motion e como por instinto abracei-te, e não queria largar, não queria, abdicava das palavras só para estar contigo naquele momento.
Já não me lembrava do que era estar contigo mas soube-me a pouco, a nada. Queria mais.

Minha outra metade.

Carolina

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Fada do lar

Ora bem:

12.00h - sair do carro, tocar à campainha, 1º Direito, porta aberta, pegar nas malas, subir escadas, beijos e abraços, descer escadas, pegar nas restantes malas, beijo de despedida, subir escadas, bater com a porta.

13.00h - arrumar as malas, conversa de situação, copo de água, cortar tarte em oito, pôr uma fatia em cada prato, por na mesa, levar talheres, copos e guardanapos,lavar tomates, cortar tomates às rodelas, ralar cenoura (legume que pessoalmente não gosto), cortar cebola (legume que pessoalmente odeio), temperar salada.

14.00h - levantar a mesa, lavar loiça.

15.00h - farmácia, senha 097, 'Boa tarde, era uma caixa de Ben-u-ron, uma caixa pequena de aspirinas e Fenistil se faz favor', compras no minipreço, padaria 'Boa tarde eram dois pães de leite e três baguetes integrais se faz favor'

15.30h - casa, 'Esqueceste-te do chá', minipreço

15.45h - casa, sintonizar televisão, secar loiça, arrumar loiça

16.00h - sofá, zapping entre 4 canais, optar entre Tardes da Júlia, Contacto, Portugal em Directo, ok optar por Jogos Olímpicos.

17.00h - fazer lanche, faca, pão, leite, queijo, fiambre, cereais e sumo, levar para a mesa, chamar para a mesa, optar por cereais

17.40h - lavar loiça, secar loiça, arrumar loiça, limpar bancada da cozinha

18.30h - temperar bifes

19.00h - sofá, televisão

20.00h - grelhar bifes, cozer massa, fazer salada, pôr água no jarro, pôr a mesa

20.40h - chamar para jantar, jantar

22.00h - levantar a mesa, lavar loiça, secar loiça, arrumar loiça, limpar bancada da cozinha

22.30h - sofá, televisão, desta vez não há opção possível, telenovelas até adormecerem e me deixarem apoderar do comando

00.45h - abrir sofá, buscar lençóis, fazer a 'cama'

01.00h - pc, dvd

02.45h - pijama, lavar dentes, cama

10.00h - dormir, olhos fechados, ouvir: 'carolina, estás a dormir?' (aquela pergunta deveras inteligente quando se vê alguém numa 'cama' de olhos fechados)

10.10h - banho, vestir, sair, café

12.00h - preparar almoço


Sim, adoro os meus avós.


Carolina

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Já não sou

Quem te apurou?
Como os anos passam por nós
É ver o tempo deixar-nos sós
E esperamos que justifiquem ou que nasça pelo menos alguma razão ao motivo pelo qual vai cedendo o corpo então aos anos.

Sinto mais do que preciso
Perco a voz ganho juízo
E quem fui eu não sou mais
Mudam gostos perco peso
Perco medos e cabelo
E quem fui eu não sou mais

Algo melhorou, ficámos sábios… pelo menos aos olhos dos outros.
Ser responsável compete a poucos, a bem poucos....
Não dependemos, daqui para a frente, de ninguém, quer dizer… o sexo agora implica quase sempre alguém, e ainda bem.

Sinto mais do que preciso
Perco voz ganho juízo
E quem fui eu não sou mais
Mudam gostos perco peso
Perco medos e cabelo
E quem fui eu não sou mais

Não choro as partes que estão para trás.
Não concluo, o meu tempo não é uma canção, que tem quase sempre rima certa, métrica e refrão
E esta acabou.

Klepht

Carolina

domingo, 3 de agosto de 2008

Cresce e aparece

Os homens precisam de algo para lhes ocupar a mente insuficiente que têm, precisam simplesmente de algo que os mantenha ocupados. Não conseguem aproveitar o que os rodeia da forma mais simples possível, não.
Não conseguem por a tampa numa garrafa, não conseguem por o pé no travão do carro, não conseguem manter a carteira no bolso ou o cigarro no maço, precisam de mais, sempre mais, e não digo que é errado, é tão mas tão cansativo.
Parece que quando algo corre menos bem algo se desloca dentro deles, tornam-se corpinhos sem alma, desprezíveis e até dignos de pena das atitudes mediúcres que tomam.
São mais dependentes daquilo que parecem e o contraste com o armarem-se em fortes nem sempre resulta, tentam arranjar argumentos para gerar confusões, distorcem situações para as tornarem como querem que lhes dê jeito (em troca de atenção)... ridículo.
Melhor que pedir um homem que admita os erros antes de ser confrontado com eles é pedir um homem que saiba pedir desculpa nas alturas certas e quando verdadeiramente tem vontade de dar o braço a torcer.

Carolina