Num simples queimar do papel redondante, num arder constante alaranjado, uma chama circular desce como que pronta a deixar sem vestígios o errado. A pressa de apagar o pecado, o "por desvendar", o desconhecido, incentivamos a sua destruição.
Num acto inconsciente, encostada a memórias, inspiro o que desejo, expiro o que anseio. Tudo o que resta, vestígios de fumo pendentes no ar formando curvas e contracurvas como se desenhassem a giz sobre carvão.
Nada mais me desfoca do diluir do branco no nada que nos envolve. Fico concentrada por um momento.
Carolina
2 comentários:
=o
Brutal!
Desculpa se parecer estúpida a pergunta mas, fumas?
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