A tentar decidir se o silêncio é a melhor estratégia, porque tudo já foi dito demasiadas vezes, ou se parto a loiça, se faço um escarcéu. Não vale a pena enganar ninguém, não tenho alma de cigana, e raras vezes me fugiu o pé para o chinelo. A frontalidade não se coaduna com raivas desnecessárias mesmo quando há palavras que queimam e nos ficam tatuadas na pele, ainda que ditas entre os vapores do gin tónico. É pôr a cabeça na almofada, aconchegar o edredon, dormir com a certeza que não se deu um passo errado, não aqui, pelo menos. E acordar com o sol, ainda que tímido, a entrar pela janela.