Quando dás por ti, já te instalas-te no seu peito, sentes o seu perfume, tocas na sua pele.
Sem dar conta, já o completas, agarras-lhe a mão, brincas na sua barriga, arranhas-lhe as costas. 
Apercebes-te e já estás sobre ele, ouves-lhe o batimento cardíaco, irregular, sentes o calor da mão que te toca, beijas-lhe o ombro. 
Mas nunca lhe olhas nos olhos.
Nunca te pertenceu.
Podes ter envolvido o meu coração em papel de seda. 
Mas não é suficiente, preciso de algo mais eficaz, e quente.
C. Lima
 
 
1 comentário:
Adoro a primeira parte ,mesmo . não percebo o resto, mas está no ponto do arrepio ma.
@
Pirilampo
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