quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dás-me a mão?

Não quero que as coisas percam sentido, mas que ganhem significado.
Gostava que percebecesses o que quero dizer quando não digo. Aquilo que fica amuchucado na voz, aquilo que aperta, arranha as paredes do crânio, como a fuga que nunca chega a acontecer.
Onde estás? Perdeste-te no caminho de lá, ou perdeste-te em mim, local sem saída ainda descoberta, sem alma contornada, sem vincos traçados. Não sei como me abandonar só para te ter em plenitude. Diriges-te na direcção oposta de ti, quero acreditar, embora saiba que para onde vais seja um passo mais longe do meu ponto.
Muda de ponto de vista, por um segundo, muda de prespectiva. Põe-te em mim, vê a vista deste patamar. Chegas à conclusão, se atentamente olhares, que nada é o que parece. O nada torna-se ar, e ar pesa, quando não estás.

Dás-me a mão?

C.

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