quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Não é?

Porque é que és tu que recebes toda a atenção?
Porque é que tu nunca enches a sala nem preenches as pessoas que te amam mas és sempre a tal pessoa que todos querem amar?
Porque é que tu tens sempre aquilo que me falta e eu tudo aquilo que tu queres?
Porque é que não podemos ter tudo aquilo que tanto desejamos?
Irrita-me profundamente o facto de parecerem que as pessoas ficam cegas com uma imagem não delineada e pouco segura que tu és.
Fico furiosa por me sentir sempre mais que tu mas sempre menos ao mesmo tempo.
Fico desiludida comigo própria por sequer pensar nisto mas não consigo escondê-lo de mim, não o posso pôr debaixo do tapete nem atirar para o roupeiro e fechar a porta fingindo que está tudo perfeitamente arrumado no seu interior.
Ás vezes penso que não mereces tudo aquilo que tens, e que por sua vez não valorizas, às vezes considero a tua pessoa estúpida por não agarrares com força o que tens e não o largar mais, mas não, tu simplesmente não te importas e desperdiças o que podia ser único e marcante. Para ti é mais fácil deitar tudo porta fora do que tentar tirar máximo partido, fazer tudo por tudo para que tudo corra bem e se não der, o que acontece sempre, aí não desistir mas partir para outra com a consciência tranquila por saber que tentaste e esforçaste. Mas não, dá mesmo muito trabalho não é? Deixa cá vir quem segue, ver quem aparece e que se dê ao trabalho de reparar em ti.

Gostava que sentisses pelo menos uma vez na pele, talvez aí me percebas.

Carolina, a aproveitar o que tenho. Sempre.

1 comentário:

Filipa Correia disse...

Sinto isso tantas vezes. Nessas alturas não penso porque a furia entristece-me de mais, mas depois concluo que o melhor de mim é tudo. E deve ser realmente tão especial que só pode ser reconhecido por alguém igualmente especial.