quinta-feira, 9 de julho de 2009

Rebuçado.

Toma um rebuçado.
Sabe a cereja. Ou maçã se preferires.
Sabe ao que o vento sopra.
Sabe ao som das minhas palavras na tua boca.
Toma um rebuçado.
É vermelho. Ou verde se preferires.
É da cor que tu sentires.
É curvo como o teu cheiro.
Toma um rebuçado.
Aparenta doçura. Ou acidez se preferires.
Aparenta a cremosidade da tua silhueta.
Aparenta o mistério do teu olhar.

Toma este rebuçado. Sim, este que está seguro bem na palma da minha mão.
Deixa-o colar-se na boca.
Atreve-te a trincá-lo. Gosto desse som.
Simples coisa doce que muda o tom da tua língua, a profundidade do rosto, a altura do teu ego. O amor é cego. Mas não insípido.

Carolina

1 comentário:

Limão disse...

estou tipo boquiabertissima se é que isso existe! que poema adorável, estou very impressed. isto é de gente que sabe do que fala, sim pq s n fosses tu eu n tinha papado desses rebuçados... sim, desses!

magnífico* juro
quero mais destes ih ih