segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Bastante

Espaço opaco dentro da minha existência.
Mil e uma perguntas esquivam-se umas nas outras como que numa prova para ver qual delas explode no meu cérebro primeiro.

Já mo disseram várias vezes, já o senti várias vezes. O arrependimento. Dói.
Juntamente a esta palavra de catorze letras, junta-se outra, de apenas nove. A desilusão. Como se não bastasse uma só, parece que elas andam sempre de braço dado.
Queria conseguir dizer "olha desculpa acobardei, não o vou conseguir fazer" em vez de ignorar o que se passava, em vez de deixar parte de mim onde ficou pela última vez e pensar que o tempo iria parar, que por uma vez na vida não se iria intrometer na shit que esta vida consegue ser. Queria ser dona do tempo, hoje, queria ter o relógio paralelo ao cronómetro e ter o poder de fazer com que parassem.
Parece que o que imaginamos por vezes é dominado pelo real.
Queria uma oportunidade de dizer cara a cara que me sinto minúscula quando te tenho perto e poder dizer o que despertas em mim só pelo facto de dizeres 'bastante'.

A vida não é feita de sonhos por mais que sonhemos com isso.
Deal with it.

Carolina